Sessão 3 # Re_Quebra (Em atualização)

PERFORMANCES | FULERAGENS |
CU's (COMPOSIÇÕES URBANAS)
Registros por Júlia Aguiar, Marina Duarte, Ilâne Nunes, Rodolpho Furtado, Thiago Lemos



Fransuel Becker (GO)

Sísifo
O corpo é linguagem, verbo e escrita. Território permeado e marcado por confitos e adversidades. Zona fuida atravessada por signos de poder e políticas violentas. Reificado pela racionalidade da lógica econômica é capturado no fluxo normativo das ordens e dos discursos dominantes. Docilizado e massacrado pela força bruta do trabalho, é animalizado por atividades e serviços braçais no substrato de camadas sociais. Saturado na invariabilidade maquinal do cotidiano, tende a um estado letárgico e catatônico de dispêndio de forças físicas e psíquicas.
Esta ação reproduz e remete a operações desgastantes de degradação infligidas sobre o corpo através de tarefas exercidas repetidamente dentro da instrumentalização exaustiva do trabalho no capitalismo avançado.








Hélio Tafner (GO)

Encontro Secreto
Perambular pela cidade deslizando uma barra de gelo contendo fragmentos de corpos, ou seja, objetos em miniaturas, em especial partes do corpo humanos associadas ao sexo (pênis, vagina). O intuito do trabalho é ativar a percepção do público para os objetos que serão "abandonados" durante o trajeto e questionar onde a percepção do público começa e se ela termina no corpo do performer ou no do objeto.






Denis Casima (TO)

Tatuagem: temporalidades revividas
Elza Soares já cantou: “A carne mais barata do mercado é a carne negra”. Com as rimas dos viajantes do mundo, vou percebendo o impasse entre a minha negritude e o silêncio dos olhares em minha direção. Não ser, não ter, não poder ser gente preta. Ser padrão, podrão, alisar as madeixas e negar as raízes. Sou como os meus guias, meus orixás, assim vou tatuando minha história de luta.









Iago Araújo, Deep Alpa e Rastro (GO)

Assessoria de Ajustes e Reparos
Concertar! As vezes é preciso ajustar e reparar. Justar e Parar! Reconhecer defeitos. Concertar! Refazer com intenção de melhorias, pode ser que piore, mas do jeito que tá não dá pra ficar. As vezes a melhor forma é destruir tudo e fazer tudo de novo.. Derrubar os muros. Quebrar as barreiras. Dissolver os bloqueios. Aniquilar os impedimentos. Explodir tudo para que comece algo melhor. Faço ajustes e reparos, atendendo a pedidos ou aos meus próprios impulso. Pode me chamar que vou tentar concertar tudo que merece ser revisto. Assim como roupas que não cabem em alguns corpos.











Sind-Lauper (GO)

Jogos CUratoriais


Brincando com uma possível categoria de arte desportiva, o Sind-Lauper existe enquanto grupo disforme de artistas interessadxs em jogar performaticamente com os campos institucionalizados da arte e da militância política, criando proposições de tensionamento e deslocamento de seus códigos e procedimentos hegemônicos, estruturantes de suas expressões mais tradicionais e autoritárias.










Flor de Pequi - Brincadeiras e Ritos Populares (GO)

Cucurucucu ou a rua que habita em mim
Intervenção apelidada pelo grupo de "carretinha", momento em que os performers mascarados tocam piano sobre uma carretinha que circula por algum ponto estratégico da cidade, podendo projetar o vídeo EPI enquanto outros curucucus (mascarados) se relacionam com o vídeo e o público presente.






Anna Behatriz (GO)

Instruções para CORTE Undercut
Este trabalho foi pensado tendo como ponto de curiosidade a determinação que o ditador norte coreano Kim Jong – Un impôs, tendo em vista a obrigação de estudantes do sexo masculino cortarem seus cabelos tal qual o corte do ditador. A partir desta curiosidade - em que pesquisei a forma do cabelo do ditador e suas determinações - comecei a pensar sobre os cortes de cabelo de militares brasileiros a partir das regras de condutas de higiene, as quais estes profissionais têm que cumprir - dentre estas aquela relacionada a estes cortes – faço um exercício de pegar trechos e palavras soltas de algumas frases de regras estabelecidas para esta conduta apresentadas no Regulamento de Uniformes do Exército e significados de alguns termos da anatomia humana na internet e construo um discurso através de fala, objetos e gestos. Dentre estas pesquisas encontro o termo ‘undercut’, nome de corte de cabelo cuja forma pode se aproximar dos cortes militares e que se popularizou mundo afora por civis de todas as classes sociais, gêneros e etnias como escolha estética. Por estas referências estarem fragmentadas, elas acabam por criar tensionamentos relacionados ao corpo nu da performer, deflagrando questões que permeiam a censura, a loucura e mortificação do corpo em vida. Assim, o corte-cabelo é o elemento principal da ação.






Gilson Andrade (GO)

Guarda-volume
No meio de dois planos de experiência que me explicam onde estou / os volumes históricos guardados no meu corpo / disparos de acontecimentos de um corpo ⊅ lugar / um corpo negro é sempre 1 corpo suspeito / quebras as demandas imaginarias destes corpos marginais / um ovo é 1 não corpo sem lugar, [ovo<>animal] + [ovo<>alimento] / esta possibilidade de criação criou o universo ioruba [1ºovo ⊃ explosão + 2ºovo ⊃ Estrutura + 3º ovo ⊃ Forma + 4º ovo ∃|mistério =universo] / coisas que criam podem reconstruir / quebrar demandas de corpos com: volume = imagem + cor + classe + religião + ⊅ $ / Simulacro de lugares onde seus volumes são guardados pois são ∉ do espaço ∩ corpo / a imagem de corpos pretos subtraindo coisas de lugares simulados.






Cássia Nunes (GO)

Expurgo


Concepção e Performance | Cássia Nunes
Voz em off | Estelina Nunes Caixeta
Mixagem de som | Bruno Abdala


A performer chega ao espaço carregando uma panela coberta de fuligem e começa a limpa-la em seu próprio corpo num gesto de embate e confronto. Enquanto isso, a trilha sonora é produzida ao vivo, criando uma composição com distorções de áudios com gravações da voz de sua mãe contando histórias de violências domésticas vividas por mulheres de sua família.







Matheus Ka Opa (DF)

Viada (be)rrante
Levar elementos do cerrado mesclados com putaria de viado. Uma criatura mística que sai da savana do Goiás para conhecer o mundo. Ela se joga no desconhecido, no turismo e nos homens que lhe aparecem no role.
Ela invadirá a cidade, contando suas historias por meio de elementos goianos, buscando sua identidade negada. Ficará ali em performance, esperando um dia conhecer a alvorada de um dia sem machismo e lgbtfobia.
Suas ações podem ou não evocar em ritual as memórias do povo gayano. Berrando o countryside muy loco de um povo em romaria que só quer dar o currículo pro mercado e ser aceito enquanto cidadã.
Assim, a proposta é levá-la pelo Brasil desbravando cada bioma, cada criatura macho, machofêmea e machucada junto ao carvão, berrante, pula boi, pula cavalo, pequi, guariroba, siriema, Goiânia e Salvador que Dalí e eu dou aqui.







Zé Pereira (GO)

(RE)TALHAR
Que busca identi􀂡car, posicionar, marcar ... talhar? A-TALHOS, para outros [RE]TALHOS! Cotidiano (a)talhar, que se estabelece em/um jogo. O jogo das identidades-posições. POSICIO-nadas! A face-rosto, como importante elemento de reconhecimento---- que [re]talha! O [re]talhar do des-conhecido como lugar de imprevisto, curiosidade, medo, angustia, e outras coisas a se saber (...) [RE]TALHOS de uma estrutura de tecido sobre a CAbeça, busca re-marcar seu [re]talhar discursivo(S). Em que por vezes: apagados, rechazados, obscurecidos, marginalizados, invisibilizados (...)








Embrionário In_existente (DF)

Espero que chova
sementes de árvore do cerrado que quando eclodem se assemelham a pequenas embarcações. a deriva, o percurso, a escritura poética em desague na enxurrada, leva palavras e gestos para lugares e encontros inesperados. oráculo de rua, biscoitos chineses goianos, garrafas no mar do cerrado, técnica expansiva de des_dizer querências coletivizando-as.







Iago Araújo, Camila Ribeiro, Rhamon Carvalho, Rafaela Vaz (GO)
e Denis Casima (TO)

Piolhentos
Dizem que somos piolhentos
Então coçamos 
E fazemos coçar também.
Temos piolhos
E deixamos que eles, se alastrem por ai.
Os piolhos que nos deram, só sugam
Eles sugam nossa cabeça
Para não deixar que os nossos piolhos se alastrem por ai
Por que os nossos não querem só sugar.
Nós, restituiremos o que é sugado
Nós, nos alastramos, nos multiplicamos.
Não há cabeça que não possamos coçar.








Filipe Porto (TO)

Construção da Masculinidade
A performance surge da pesquisa do artista acerca dos papéis de gênero dentro dos relacionamentos não normativos, partindo de suas experiências autobiográficas. A fragilidade existente nos papéis colocados pela sociedade e a ruptura com esses padrões estão entre as suas questões.






Betina (AP)

Cajado
Literalizando a expressão "bater a pica na mesa", Betina senta-se diante de uma mesa e, segurando nas mãos um pênis de borracha, repete de forma jocosa frases típicas da cultura do estupro, enquanto sincronizada as sentenças violentas, choca o pênis de borracha contra a mesa, num movimento repetitivo e crescente, culminando num ápice onde o mesmo pênis que está sendo chocado contra a mesa será picado com facas de serra, mastigado e em seguida será cuspido.





Ana Reis (GO)

Mulher sobre o Torno
Uma mulher sobre um torno de cerâmica move-se constantemente envolta de si mesma, manipula objetos e cores, provoca alterações em seu rosto, amplifica e distorce sua respiração e voz. Explora identidades possíveis de serem “acopladas” ao seu corpo numa recriação dos modos pelos quais ele se mostra ao outro.
Compondo com códigos da representação do feminino, instaura-se um ritual/um show/um teste, que pode ser também um convite ao delírio.










GRAFITE | LAMBE-LAMBE | PINTURA URBANA
Registros por Júlia Aguiar e Rodolpho Furtado



Bulacha (GO)
Nascido na capital Goiânia em agosto de 1984, Jhony Robson dos Santos teve contato com a arte em sua infância ao se identificar com os grafites nos anos 90. Hoje é atuante nas ruas da cidade desenvolvendo ações lúdicas, intervenção urbana. Desde 2000, apresenta-se em espaços públicos atuando com performances circenses, grafite, Lambe-lambe, instalações. “Bulacha” é o nome artístico adotado pelo o multifacetário fazedor de coisas.




Marú (GO)
Ana Flávia Marú deformou em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Goiás. Hoje, demora em Goiânia. Algumas questões e dualidades estiveram presentes - e ainda estão - no decorrer dessa deformação. Fez um ''desvio'' tentando lidar com esses questionamentos. Através do fazer da aquarela, do bordado, do desenho, das intervenções urbanas, das colagens, do seu corpo na cidade, maneiras que encontrou de repensar, dizer e experimentar este outro fazer que permeia, emaranha, corta a Arquitetura.






Butas (GO)





Natasha de Albuquerque (DF)

Oficina de Nudismo
A oficina de nudismo não é necessariamente uma oficina, mas um convite a estar nu. A proposta visa insistir na propagação da frase “VOTE NU” como uma campanha política a favor da nudez, da liberdade e do desnudamento cotidiano. Vote nu pela cidade, vote nu pela arte, vote nu por seu próprio corpo. Para a campanha, cerca de 77 cartazes escritos “VOTE NU” serão colados pela cidade.









VESTÍGIO DE AÇÃO



Yara Pina (GO)

Marcas da infâmia#1
sombra agredida com golpes de espeto vestígios de ação dimensões variáveis



Marcas da infâmia#2 
sombra agredida com golpes de facão
vestígios de ação
dimensões variáveis



As ações têm como referência casos de feminicídio íntimo – em ambiente doméstico e familiar no Brasil - envolvendo o uso de instrumentos perfurantes, cortantes e contundentes utilizados pelos autores do crime para mutilar e desfigurar os corpos das vítimas. Com base nesses relatos, tenho desenvolvido uma série de silhuetas – em andamento - em que agrido minha sombra, violando principalmente partes do corpo relacionadas à feminilidade e sexualidade das mulheres. Ao preencher as marcas das violações com cinzas das imagens das vítimas – veiculadas pela imprensa - pretendo deixar em evidência as principais partes visadas pelos agressores.






VIDEOPERFORMANCES

Starnight | Ricardo Alvarenga, Yuji Kodato, Luana Diniz, Lucas Vidal e Bruna Freitas (MG)
SKADI | Paulo Aureliano da Mata (POR)
História de rio | Maíra Vaz Valente (SP)
Estudo 3 : Salobro - contaminações sobre o rio | Cris Nogueira (AP)
3Corpo-porto | Coletivo Tensoativo (AP)
Dócil - animal doméstico | Letícia Maia (SP)
Chá de Cinzas | Mônica Galvão (SP)
Por que nu? | Coletivo Bunker (GO)
Eu, robô | Sara não tem nome (MG)
Sem título | Ianni Luna (DF)
Babadeira | jardim&quatorial (SP)
Faloexibicionismo | Thomaz Saunders (CE)
Eu ainda sei como amar | Rodrigo Amor Experimental (SP)
Lagarta do fogo | Tzitzi Barrantes e Maria Eugênia Matricardi (COL/DF)
INTENTO 6098 - Manifesto Frágil do Projeto Corpo Intruso | Estela Laponi (SP)
Colocados e Perdidos - 08MMX, 11MMX e 12MMX | Fernando Hermógenes (MG)
Traços | Thulio Guzman (BA)










SHOWS E DISCOTECAGENS

Registros por Júlia Aguiar, Ilâne Nunes e Thiago Lemos



Lorranna Santos (GO)
O show de Lorranna Santos é uma sinestesia única repleta de energia e dinamismo, destilando o que há de melhor da nova MPB, com toques de rock, indie e a típica psicodelia do cerrado. As letras sentimentais e um tanto quanto sexuais, mescladas com os fascinantes arranjos e melodias dos músicos, Gabriel Gueiros (guitarra), Yohann Rodriguez (baixo) e Danilo Tuques (bateria), criam uma atmosfera inspiradora e energizante para todo o tipo de público.






DJ Rafa Lincoln (GO)
com participação de Dough Bee (GO)
Mulher negra e Transexual, através da música traz o recado da margem para o centro.
Trabalha com música PRETA- Rap, Dancehall, MPB, Funk, Batuque de Terreiro, Samba, R&B, Jazz...





Culto das Malditas (DF)
Em ritmos oricantantes de labaxuriais, as Malditas vem chegando mais uma vez para afrontar o sistema com seu grande show performático "Criança Viada".
Ela resiste, ela persiste, seu jeito de ser e de agir incomada.
Que o fogo do nosso C(ú) queime o sistema B.R.A.N.C.O







DJ Avá Canoeiro (GO)
O produtor musical Avá Canoeiro mistura o folclore ao eletrônico, em um live set performático que convida à transcendência. Os samples étnicos homenageiam os povos invisíveis.




DJ Igor Zargov (GO)
Músico, produtor e DJ. Toca nos grupos Vida Seca, Felamacumbia e ChicoTripp, compondo e atuando no campo da música instrumental e eletrônica. Discoteca em Goiânia à 4 anos, e seus sets mixam Afrobeats, Funk’s 70, Eletrocumbias e Brasilidades.







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