PERFORMANCES | FULERAGENS
Registros por
Alex Oliveira, Thiago Lemos, Rubens Pileggi, Ana Reis, Isabella Oliveira e
Corpos Informáticos.
Van Jesus (SP)
Você Constrói ou Destrói
A performance consiste na construção e confecção de uma pequena
mureta de tijolos talhados com a pergunta: Você destrói ou constrói?
Essa mureta será confeccionada e afixada com cimento na calçada
em um dos pontos da cidade de Goiânia.
Danton Paula (GO)
Sem Título
Dalton Paula
investiga atualmente processos de cura relacionados aos usos e ritos litúrgicos
e místicos das culturas populares, das quais direciona um olhar atento para
benzeduras, pajelanças, xamanismos; faz assim um mergulho nesse universo, em
busca de múltiplas e diferenciadas possibilidades de sentido. Esses
conhecimentos milenares (normalmente não-reconhecidos) são fundamentos das
comunidades tradicionais, que oferecem elementos para refletir sobre
paradigmas, para pensar questões contemporâneas. Com eles, elabora-se um jogo
entre a ação, o corpo, os objetos e as plantas medicinais contidas nesse
herbário negro popular, a partir da qual constroem-se processos de cura, num
sentido expandido e metafórico, capaz de articular tais práticas populares, valores
ancestrais e questões atuais.
Thiago Costa (MG|SP)
Vadeação#1 + Cara de Gloss com Corpos
Informáticos
Proposição de um
percurso na cidade de Goiânia de modo a propiciar conversações sobre o que vier
a acontecer a cada passo que damo; mobilizando um encontro entre a prática
espacial e a distribuição dos tempo-espaços sensíveis em cada trecho. O
conceito de vadeagem, que tem forte conexão com a situação diaspórica da Baia
de Todos os Santos, sugere uma ação correlata à errância, ao movimento de
flaneurs, à deambulação e à deriva. Entretanto, interessa-nos exercitar a
especicidade dessa noção tropical enquanto um vagamundeio, uma ação coletiva,
como se fosse possível criar um mutirão vadio, corpo coletivo que atravessa sem
plano fixo as ruas retilíneas da cidade.
Litania para Foucault
https://vimeo.com/219211636
https://vimeo.com/219211636
Michel, te escuto, podemos prosseguir
Ao ouvi-lo discursando na rádio, desconfiei de minhas excitações. Hesito ao som de sua voz Michel, ela prolonga-se no presente criando um espaço opaco e duvidoso. Sua fala sobre o corpo infiltra em meus ossos um pensamento arguto, profano. Uma errante busca para tornar-me como este teu corpo, avesso das utopias, intensa-presença. Nesta busca Michel, precisarei devorá-lo com minhas orelhas. Michel, te escuto, pode prosseguir.
Misto de performance e leitura, aula teórica e workshop de
dança, este projeto reflete o desejo por compor um ambiente de cultivo dos
vínculos entre academia e arte, pensamento crítico e estético. Integrando meus
estudos de doutorado, esse projeto se encaminha a partir da escuta de Michel
Foucault, que em 1966 realizava uma leitura na rádio nacional da França.
Valorizando sobretudo a dimensão auditiva deste ensaio, avivado pela vocalidade
do filósofo, o projeto constitui-se sobre argumentos, contextualizações
históricas, insights, humores e variações, na forma de uma série de breves notas
sobre o pensamento transportado para o registro vocal e sonoro.
Nesta transmissão radiofonica Michel Foucault atravessa
percepções da corporeidade, oscilando entre a clausura e liberdade, propondo
uma relação antagonica entre corpo e utopia.
O texto falado é a ignição de uma pesquisa de um vínculo entre teoria crítica e performance, trazendo elementos para a composição de uma peça que tende a assemelhar-se a uma aula ou um workshop. Em tempo, a presentificação deste pensamento filosófico que é performada aqui considera a atual necessidade de conversar-se sobre ideias acerca do corpo, política e teoria, seguindo inclusive seus percalços, por vezes interditados no âmbito das universidades.
O texto falado é a ignição de uma pesquisa de um vínculo entre teoria crítica e performance, trazendo elementos para a composição de uma peça que tende a assemelhar-se a uma aula ou um workshop. Em tempo, a presentificação deste pensamento filosófico que é performada aqui considera a atual necessidade de conversar-se sobre ideias acerca do corpo, política e teoria, seguindo inclusive seus percalços, por vezes interditados no âmbito das universidades.
Corpos Informáticos (BSB)
Instalação Sonora
Kombinationwagen
Dança das Cadeiras
Cacá Fonseca, Elisa Abrão, Pedro Britto,
Thiago Cancelier (GO)
Grupo Empreza (GO)
Sehão
Nessa obra os artistas trabalham em duplas: por meio de
um agenciamento criado pelos corpos, que estão amarrados por ataduras. O
trabalho é uma espécie de caminhada realizada pelos corpos entrelaçados com as
costas amarradas, ideia que forma a imagem de um só corpo, estabelecendo uma
zona de indiscernibilidade entre os corpos dos performers.
Para a realização da caminhada um corpo de deita sobre o lombo
do outro, que caminha com o peso do outro.
Assim, por meio da ligação formada pelos corpos que se misturam
para formar um só, o EmpreZa pulsa e se adentra na cidade. Vê-se o movimento de
um performer que caminha carregando o outro suspenso, criando um corpo
estranho, que se constitui através do trajeto. Amarrados pelas costas, com
quatro pernas: duas que caminham e duas que pendem para cima, o agenciamento
produz uma imagem grotesca, a qual se destaca na paisagem urbana. O corpo
grotesco então se desloca, exibindo os seus orifícios, suspensos e voltados
para cima. Por isso, esse corpo formado pelo entrelaçamento de peles e gases,
parece questionar através de sua árdua caminhada, o organismo e suas amarras,
já que busca por meio do trajeto, a compreensão de uma força da carne, que se
expande para além dos limites de um corpo organizável.
Assim, esse ser estranho, que se desloca pela cidade, se mantem
na tensão de uma caminhada de resistência e sustentação, através do equilíbrio
e de forças exercidas. Por meio de um engajamento corporal produzido por todo
um esforço e suor, de um atletismo realizado pela junção dos corpos, nos quais
a potência da carne se torna evidente.
Ana Reis (GO)
Matheus Opa (BSB)
Rubens Pileggi (GO)
Cavando Sombras
Pintado com lama, o
performer perfura uma parede e a atravessa. A luz se apaga quando a ação se
encerra.
Morgana Poiesis (GO)
Poemas e Sussurros
Poemas &
Sussurros consiste em um ato de sussurrar poemas de minha autoria aos ouvidos
das pessoas. Ela pode ser feita em qualquer lugar, preferencialmente em eventos
sociais e espaços públicos. A ruptura com a representação poética não se refere
apenas a sua estrutura, mas também à escolha de meios através dos quais os
versos (des)aparecem. Se a inscrição poética reproduz ainda um desejo de
eternidade, os versos sussurados produzem afetos efêmeros, intensificados pela
presença da meia-voz e do quase-contato-corporal. Embora na literatura
encontremos já um corpo que se manifesta como presença-ausente, com
intensidades variáveis, em Poemas & Sussurros o investimento do corpo na palavra
requer a presença ao vivo do próprio corpo, tanto o do performer como os do
público por ele escolhido. As imagens produzidas pelos poemas se dissolvem no
espaço-tempo logo assim que sussurrados, cabendo um processo de produção do
ouvinte, seja para a sua memória, esquecimento ou invenção de sentidos.Poemas e Sussurros
Ricardo Alvarenga (MG)
Hair Modification
Experimentando
lisuras no corpo da cidade.
Cássia Nunes (GO)
Composição em Branco
Manipulando artefatos industrializados de alumínio, por
meio de procedimentos ancestrais de polimento e limpeza, a artista concebe uma
poética da composição e diluição no branco, na qual ritualiza um conjunto de
ações capazes de evidenciar as relações entre os principais objetos e materiais
utilizados: alumínio, argila branca e areia.
A diluição de seu corpo e dos objetos no branco
(ou a busca pelo branco), também se realiza enquanto uma diluição e apagamento
do próprio feminino e suas representações coletivas, potencializados pela
criação de um campo monocromático. Neste, o branco representa a ausência e o
esvaziamento, como também o próprio desejo da artista de reinventar-se em sua
singularidade.
Natália Beatriz e Carlos Santos (GO)
Ascese - Performance Ritual
Zéu - Zona de Experimentações Utópicas
(GO)
EXPOSIÇÃO
Alex Oliveira (GO) e Michelle Mattiuzzi
(BA)
Revelador H2O2 (2013)
Fotoperformance
Revelador H2O2 é um
trabalho de fotoperformance, composto por vinte polaroides e realizado em
outubro de 2013 na Galeria Vasli Souza, na cidade de Malmö, Suécia.
O trabalho foi realizado em parceria com a performer Michelle
Mattiuzzi (SP), tendo como ação central, o descolorir de todos os cabelos e
pêlos do corpo com água oxigenada (H2O2), demarcando o processo da revelação
química com a produção de autorretratos realizados com uma câmera Polaroid.
Em todas as fotografias é possível notar um fio que sai da mão
de quem dispara a câmera Polaroid. A cada três minutos uma fotografia Polaroid
foi revelada. Com a água oxigenada agindo nos cabelos e pêlos, fomos expondo as
polaroides já produzidas, compondo uma linha reta na parede expositiva. Todo o
processo de criação foi compartilhado com o público presente na galeria. Por
fim, um banho de leite foi utilizado para interromper a revelação química,
encerrando a ação performática e a produção fotográfica.
Ana Reis (GO), Cacá Fonseca (GO),
Cássia Nunes (GO), Filipe Britto (RJ) e Thiago Costa (MG|SP)
Desvio para a Mata (2015)
Vídeoperformance, 9'12"
https://youtu.be/2M4kHtb_Do8
https://youtu.be/2M4kHtb_Do8
Desvio para a mata é
uma videoperformance que explora a potência da terra vermelha característica da
região do cerrado goiano em diálogo com o espaço arquitetônico, as culturas
indígenas e a dimensão da pintura corporal ritualística. Realizada numa arena
similar às construções gregas, localizada no Núcleo de Educação Indígena
Takinahakã da UFG, se configura como um experimento pictórico que opera em
camadas da imagem sob uma perspectiva sensorial de composição a partir do
borrão, do aquarelado, da busca por transpor as quebras e rupturas dos limites
entre corpos, espaços e culturas.
Rubens Pileggi(GO)
Performances de Jardim (2014-2016)
Em 2014, durante uma
Residência Artística realizada na Chapada dos Veadeiros/Goiás, iniciei uma
série de fotografias de performances intitulada "praga de jardim",
que durou até o início de 2016.
MOSTRA DE VIDEOPERFORMANCES
Rodrigo Munhoz (SP)
1/1 (2014, 4’41”)
O Amor é Bomba! I Amor contra a segunda (2015, 2’47”)
Dalton de Paula(GO)
Unguento (2015, 15’57”)
Glayson Arcanjo (GO)
Ação 1 (2014, 3’06”)
https://vimeo.com/104343181
Ação 2 (2014, 2’16”)
https://vimeo.com/104343180
Fornos 2 (2015, 7’37”)
https://vimeo.com/126704295
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