Descasca-se
Laranjas
Cássia
Nunes
Performance
Descascar laranjas, descascar a si
mesma. Somos constituídos por uma multiplicidade de elementos, de camadas.
Casca, pele, polpa, sementes, sumo, bagaço. Manifestamos e acessamos tais
elementos em diferentes situações, a partir de inúmeros olhares que cotidianamente
nos atravessam. Evidenciando a temática do olhar, a artista cria uma metáfora
da laranja para tratar das relações entre interioridade e exterioridade do eu e
as possibilidades de trocas intersubjetivas mediadas por sua ação performática.
Cravate
Grupo
Empreza
Performance
Remoção
Rubens Pileggi
Performance e instalação
Remoção tem a ver com terrenos
baldios e terra. Tem a ver com remoçamento, quando alguém se diz re-moçado -
tornado jovem. No terreno baldio, no centro da cidade, um punhado de terra é
retirado e varrido até o local da exposição. Lá, a terra restante irá se juntar
a outra terra, que está amontoada em um rodapé de terra.
Três beijinhos pra casar
Enauro de Castro
Performance
A proposta "Três beijinhos pra
casar" visava tornar o Barreiro objeto da afetividade coletiva, familiar.
Por isso, propus uma performance, melhor, um happening em que eu, com o rosto
lambuzado com a lama do Barreiro, beijava as pessoas marcando-as. Desse modo, por
meio do contato, meu intuito era despertar os outros, sensibilizá-los para algo
que a distância e o alheamento os tornam insensíveis: a morte de um riacho que,
entretanto, faz parte do mesmo meio urbano em que eles vivem.
Sem título 5
Yara
Pina
instalação envolvendo ação
moldura carbonizada, banha de porco
e facão
Nesta instalação, a artista
apresenta o resultado do processo de uma ação em que uma moldura carbonizada e
engordurada é atingida com golpes de facão até ser derrubada sobre o chão. O
cenário da ação é composto pelas inscrições dos golpes na parede, a moldura
sobre o chão e o facão cravado na gordura.
Ruborizando
Elisa Abrão, Michel Valim, Renata
Lima
Vídeo-instalação
Ruborizando é uma vídeoinstalação
que tem como principal motivação o percurso do sangue no universo simbólico da
mulher e a maneira com que o feminino é representado na mitologia dos orixás.
Deserto de Sal
Ana Reis
Performance
Sal. Sólido cristalino. Pode ser
encontrado em pequenos cristais, direto das salinas ou nas minas subterrâneas.
Processo de evaporação da água do mar ou do lago salgado. Usado para preservar
os alimentos. Foi moeda de troca, escambo. Chamado de ouro branco, artigo de
luxo. Dele deriva a palavra salário [aquilo que nós artistas não sabemos bem o
que é]. Eu tô no sal. O sal grosso, sem refino. Na mumificação, cobre o corpo.
Para preservação dos órgãos, deixe secar por 70 dias. Higroscópico, absorve a
umidade do ambiente. Purifica a aura humana e retira os miasmas. No Salar
de Uyuni, 12km2 de 10 bilhões de toneladas de sal formam a
maior planície salgada do mundo. Deserto de sal.
Aterroada
Glayson Arcanjo
Vídeo-instalação
"Projetos de Terra":
desenhar, fotografar, habitar, propor situações em terrões, buracos,
cupinzeiros, montes, crateras.
Vanitas Urbana
Karita Gonzaga
Vídeo
“As VANITAS (vaidades)
são as expressões artísticas que traduzem, de maneira simbólica [...] a nossa
relação conflituosa com a morte.”(CALHEIROS, 1999). Partindo dessa definição, a
performance Vanitas Urbana é realizada com o intuito de
resignificar elementos constantes do repertório habitual das vanitas da
antiguidade, numa versão contemporânea de questionamento da condição humana, do
corpo que é perecível.
Traço Mnêmico
Coletivo Bunker
Performance
A ação proposta trata de
como os dados se inscrevem na memória. Trata da memória inscrita no corpo e
pelo corpo, de inscrição. De dados que são constantemente arrolados, acessados,
esquecidos, retomados; exaustivamente. O que resta das presenças que compõem a
memória é um vestígio, um traço do que fora inscrito subposto às novas
inscrições.
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